Banho de chuva...

É! A vida não tem sido nenhum mar de rosas, problemas de família [como eu sempre disse, minha família não vale nada, inclusive estão todos aqui, enquanto eu escrevo, acusando minha mãe de roubar o dinheiro da minha avó, minha mãe pode ser tudo menos ladra!!], problemas de relacionamento... Estava eu, sentado na minha sala pensando na minha vida, e derrepente eu notei que tinha começado a chover, olhei pela janela e estava caindo uma chuva muito linda, intensa, tão intensa quanto a angustia que eu estava sentindo, me sentei na cadeira da área e me vi a olhar para aquela majestosa cortina de água que cobria meus olhos cansados de derramar lágrimas amargas de ver a fonte de onde eu jorrei pela primeira vez, se manter em um pranto fundado em acusações infundadas e inverdadeiras [pra não falar mentirosas, só pq eu não gosto dessa palavra]. Minha mãe me chama a atenção:
Mainha: Vai tomar banho na chuva menino!
Eu: Sozinho mainha? num tem graça!
Mainha: Pois quando eu me sentia mal, era só começar a chover, eu corria pra chuva, brincava feito uma criança, esquecia de tudo e só lembrava daquela água fria, batendo na minha pele e lavando minha alma!
Eu: É, eu vou!
Vesti um calção confortável [quase transparente só pra provocar, rsrsrs] e saí, fui pra rua!
Quando eu cheguei em frente a minha casa, olhei para o céu e estava tudo branco, lindo, e a água caindo no meu rosto e eu sentindo aquele toque frio, doce, que doía na minha alma amargurada, e foi lavando tudo, toda a angústia, toda a mágoa, toda a raiva, tudo...
Sai correndo feito um louco pela rua, gritando, chamando meus vizinhos, e eles me dizendo que eu só podia esta louco, e eu respondia que estava louco sim, mas era a minha loucura de infância que todos nós compartilhávamos correndo pela rua, com medo da bruxa da casa de baixo, oh que tempo bom.
Desci a rua e passei na loja em que minha prima trabalha:
Eu: Diane, vamo tomar banho de chuva?!
Diane: Posso não tutu, to trabalhando
Eu: Neide vai também [Neide é a dona da loja]
Neide: Aí eu quero, vamo Diane?
Elas discutiram que iam e que não iam, então eu falei:
Eu: Ah! Vou embora, vocês não se decidem.
Desci mais ainda a rua e encontrei uma amiga de infância, adolescência e tudo mais...
Eu: Nanne, vamo tomar banho de chuva lá em cima no ginásio?!
Nanne: Ahhhhhhhhhh, vamo tutu, deixa eu só passar aqui em casa.
Fiquei esperando ela sair de casa e subimos.
Rindo muito na rua, todo mundo olhando pra gente, e eu levando ela nas costas, ela puxando meu cabelo, derrepente passa um motão, e ela olha:
Nanne: Bixo, que moto massa tutu olha só, ainda me caso com um homem que tem uma moto dessas.
Eu: E eu também. kkkkkkkkkkkkk
E continuamos subindo, chegamos no ginásio, cheio de gente [é point em dia de chuva pq lá tem as melhores biqueiras(se não souberem o que é isso me perguntem) e lá a chuva sempre atinge melhor pq é mais alto], corremos nas quadras, jogamos vôlei [na chuva mesmo], derrubei Nanne numa poça de lama, kkkkkkkkkkkk, ilário. E derrepente eu percebi que a chuva tinha me lavado, não tinha mais nenhum daqueles sentimentos ruins que eu tava sentindo, eu estava limpo, e com uma amiga de infância do meu lado, alguém que me proporcionou muita alegria, estava me sentindo criança de novo, como é bom ser criança!
A chuva foi passando, e nós fomos ficando cansados, e decidimos descer de novo pra casa, quando eu cheguei na esquina da minha casa, me despedi de Nanne e entrei em casa. Quando eu cheguei em casa, encontrei essa confusão toda armada, minha mãe chorando, minhas tias gritando, espusei todo mundo e coloquei minha mãe no quarto e dei um calmante, ela agora está dormindo, e eu aqui, a chuva me limpou, mas voltou tudo de novo, e agora a chuva acabou e eu vou ter que ficar com esses sentimentos novamente até conseguir uma forma de me limpar de novo até ter outra chuva...

rsrsrsrsrs, dá vontade d gritar pro cara lá de cima: Ô! Abre a torneira! kkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Bjus e bom fim de semana!